
Sabia que conduzir a 50 km/h enquanto olha para o telemóvel durante três segundos equivale a percorrer 42 metros com os olhos vendados? Esta realidade alarmante, confirmada pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), foi o ponto de partida para a Campanha de Sensibilização para a Segurança Rodoviária de 2025 da RNA Assistência. O nosso objetivo? Chamar a atenção para o essencial: mais atenção, mais consciência, mais responsabilidade na estrada.
Condução sem distração
Pelo quarto ano consecutivo, assinalamos o mês de junho com uma Campanha de Sensibilização para a Segurança Rodoviária e a edição de 2025 está assente numa premissa simples, mas fundamental para quem circula diariamente nas estradas de Portugal, independentemente do seu meio de transporte – condução sem distração. Em termos de segurança rodoviária, o retrato das estradas portuguesas continua a ser preocupante: de acordo com dados da ANSR, em 2024, registaram-se mais de 30 mil acidentes, com 475 vítimas mortais, 2.675 feridos graves e 43.319 feridos leves.
O que torna a condução uma atividade de alto risco?
Muitos condutores sentem-se “automatizados” ao volante, mas a verdade é que dois segundos de desatenção a 120 km/h podem ser fatais — é o tempo suficiente para percorrer mais de 30 metros sem controlo do veículo. Uma condução segura e prudente exige:
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Atenção contínua
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Coordenação motora
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Interpretação de estímulos visuais e sonoros
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Tomada de decisão rápida
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Noção espacial e localização
A distração ao volante
A distração na condução é uma das principais causas dos acidentes e pode manifestar-se de
várias formas:
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Visual: tirar os olhos da estrada, pegar no telemóvel para ler mensagens ou ver vídeos.
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Auditiva: chamadas telefónicas, música alta, conversas com ocupantes do carro.
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Física: retirar as mãos do volante para comer, ajustar o rádio ou fazer outras coisas.
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Cognitiva: não praticar uma condução presente e perder o foco.
A distração circundante
Sabia que um peão distraído – quer circule a pé, de bicicleta ou trotineta – pode ser tão perigoso como um condutor desatento? Exemplos comuns como caminhar a olhar para o telemóvel, não atravessar nas passadeiras, usar auriculares ou distração em relação ao tráfego porque está a conversar com alguém ou a cuidar de um animal de estimação podem impactar negativamente a condução. De que forma? Para o condutor, dificulta a antecipação de comportamentos, reduz o tempo de reação e aumenta o risco de colisão.
A segurança começa com a atenção de todos
Condução sem distração significa um esforço conjunto entre condutores e peões para assegurar estradas e deslocações mais ponderadas e mais seguras.
Se está ao volante:
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Evite todas as formas de distração acima mencionadas
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Modere a velocidade, sobretudo em zonas urbanas
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Aumente a vigilância em zonas com peões
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Pratique a condução defensiva
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Conduza com atenção plena
Se circula a pé:
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Evite o uso do telemóvel e auscultadores
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Esteja atento ao tráfego
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Utilize sempre as passadeiras
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Esteja sempre bem visível, especialmente à noite
Uma estrada mais segura depende de todos nós.